quarta-feira, março 30, 2011

A vez das mulheres

Há algum tempo....
Um casal sai para jantar em um restaurante. Ele dirige o carro até o restaurante. Ele faz o pedido. Ele bebe cerveja. Ela pede vinho. Ele pede a conta. Ele paga a conta. Ele a deixa em casa e sai com os amigos. Ela fica grávida. O pai da moça obriga o rapaz a casar. Ela não conclui o ensino médio. Os dois moram em uma puxadinha no fundo da casa do pai dele. Ele trabalha fora e estuda direito. Ela fica em casa cuidando do filho. Ele chega do trabalho pega uma cerveja na geladeira. Ela quer assistir novela. Ele assiste o discurso do presidente. A criança chora. Ele tampa os ouvidos. Ela coloca a criança para dormir. Eles jantam e ele reclama do tempero. Ela lava a louça sozinha e chora. Ele vira pro lado e ronca. Ela deita com dor de cabeça e logo dorme.

Hoje em dia....
Um casal sai para jantar em um restaurante. Ela dirige o carro até o restaurante. Ela pede cerveja. Ele não bebe. Ela pede a conta porque ele teme ultrapassar o limite de seu orçamento. Ela paga a conta sem se queixar. Ela o deixa em casa e vai pegar um cinema com colegas da faculdade. Ele quer se casar. Ela não quer nem saber. Ele se queixa de que ela não o ama. Ela o enrola por mais cinco anos. Um dia resolvem juntar os trapos. Os dois vão morar no apartamento dela. Ele é um jornalista desempregado. Ele quer filhos. Ela prefere adotar. Ela já jantou na rua. Ele estava em casa esperando ela para jantar. la chega em casa às 10 h e bebe uma taça de vinho. Ele janta sozinho e depois lava a louça resmungando. Ela senta no sofá e assiste o discurso da presidenta. Ele comenta sobre a ascensão de uma mulher a presidência. Com dores menstruais ela deita para descansar. Ela deita com insônia e reclama da sorte.

quarta-feira, março 23, 2011

O resgate da escrivaninha de Olavo

Olavo Pereira dos Santos foi o primeiro presidente da Câmara de Vereadores de São Desidério. A construção de sua casa situada à rua Ministro Antonio Balbino data de 1943. Atualmente a estrutura passa por reforma e está sendo preparada para se tornar o Museu Municipal.

Na segunda-feira 28 de fevereiro, alguns integrantes da equipe de organização do Museu, da qual participo resgataram a escrivaninha de estima de Olavo, que até então se encontrava no povoado de Sítio de Cima, a cerca de 18 km da sede do município.

O móvel estava na propriedade do sobrinho da última esposa de seu Olavo, dona Eleonor, já falecida. Com cerca de 1,80 metros de altura e apesar de vidros quebrados na parte superior, o móvel se encontrava aparentemente conservado. Nada como uma boa restauração que lhe devolverá o brilho dos velhos tempos.

A escrivaninha resguarda grandes gavetas e fechaduras e revela a organização de seu antigo dono. Dizem os mais velhos que o senhor Olavo passava grande parte do tempo sentado à escrivaninha resolvendo seus negócios e também a utilizada para guardar remédios caseiros.

Fotografando

Foi nas aulas de fotojornalismo na faculdade que tomei gosto pelos cliques. Em contrapartida aos poucos registros fotográficos da minha infância queria poder muito mais do que registrar cada momento da minha vida.

O trabalho como repórter na Assessoria de Comunicação da Prefeitura de São Desidério me deu a oportunidade de conhecer sempre mais sobre o município onde vivo, sem perder a chance de fazer meus próprios registros.



Assim enquanto trabalho me divirto também fotografando, sem economizar nas performances ao capturar lugares, pessoas, costumes, sempre buscando paisagens diferentes contemplando um enquadramento mais amplo que me permite fazer uma releitura com perspectivas da realidade e do meu conceito sobre fotografar.

Sobre Sandes

São Desidério, como prefiro me referir carinhosamente de Sandes, é o segundo maior município da Bahia com uma extensão territorial de 14.8 mil km², apontado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Localizado no oeste baiano são aproximadamente três mil quilômetros de estradas vicinais que interligam cerca de 125 povoados.

Há quatro anos o município detém o título de maior produtor de algodão do país e grande produtor de grãos do Norte/Nordeste brasileiro. O cenário é destaque também nacionalmente pelo forte potencial ecoturístico. São cerca de 24 rios perenes, grutas e lugares que despertam encantamento como a Lagoa Azul, o Buraco do Inferno e o maior lago subterrâneo do Brasil – o Lago do Cruzeiro.



Neste cenário saodesiderense de atrativos turísticos, potenciais, personagens e tradições a história do município vai se construindo e se reinventando. São 49 anos de trajetória completados em 22 de fevereiro e uma população de 27. 692 habitantes, segundo o Censo 2010.

quarta-feira, março 16, 2011

Tradição que vence desafios

São Desidério é marcado por manifestações culturais preservados por seu povo ao longo de muitos anos. Uma dessas tradições é a Romaria Ecológica de São Sebastião, realizada em vinte de janeiro, dia destinado a São Sebastião.


Reza a lenda católica que o santo era um soldado romano que foi perseguido e morto por sua luta em defesa dos cristãos. Em São Desidério as homenagens ao santo começam ao amanhecer do dia com a caminhada ecológica da sede até o povoado de Morrão, a cerca de 13 km.

A caminhada é realizada via chapada em um percurso que costumava ser a única via de acesso utilizada pelos transeuntes a partir da década de 70. O objetivo é reviver esse trajeto valorizando as paisagens que ele reserva. Foguetes, fé e alegria marcam os romeiros que trilham o percurso. Em meio ao descanso durante algumas paradas, os fiéis se recompõem com farofa. As rodas de samba são inevitáveis no meio da chapada.

No povoado de Morrão, os moradores aguardam a chegada dos romeiros que se dirigem em procissão até a igreja, onde é celebrada uma missa em honra ao padroeiro São Sebastião.

Dica de Leitura: Amar, verbo intransitivo (Mário de Andrade)

  “As conveniências muitas vezes prolongam a infelicidade”. Em ‘Amar, verbo intransitivo’, embarcamos com Mário de Andrade, em uma obra cara...