quinta-feira, fevereiro 28, 2019

Misery - Louca Obsessão (Stephen King)


A obra de Stephen King, 'Misery - Louca obsessão' foi escolhida para a leitura de fevereiro. Esta é a minha primeira leitura que faço dos trabalhos do autor, um presente que ganhei do colega jornalista Anton Roos quando esteve em São Desidério participando de uma edição do projeto Clube da Leitura da Biblioteca Municipal, em agosto de 2018.

Intrigante, o enredo narra a história do renomado escritor Paul Sheldon autor de obras com a personagem denominada Misery Chastain. Ao finalizar um manuscrito de Misery, Paul sai para comemorar e sofre um acidente de carro. A narrativa ganha direcionamento a partir do momento em que Annie Wilkes, uma enfermeira aposentada o resgata desse acidente à beira de uma estrada e o leva para sua casa. Ela se identifica como uma leitora assídua do autor. 

Para a surpresa de Paul, Annie o isola em sua casa e mantém um comportamento louco e obsessivo provocado pelo desfecho da última obra, que ela julga inapropriado na versão do autor. Ela o tortura e tenta convencê-lo para reescreva o final do livro de acordo com a versão que ela deseja. Paul usará de sua narrativa e tentará a todo custo sobreviver às torturas e obsessão da fã número um e fugir do confinamento.  Confira abaixo alguns trechos do livro que considerei interessante destacar:

"Mas personagens de história NÃO!Deus leva a gente quando chega a hora e um escritor é Deus para as pessoas da história, ele cria elas assim como Deus criou a gente e ninguém sabe onde Deus está nem tem como fazer Ele explicar nada...". Página 43. Nessa mesma assertiva a personagem Annie deixa claro quem está no controle da situação e complementa: "...sim tudo bem, mas escute o que eu vou dizer, seu coisa feia, e escute bem: no caso de Misery, Deus está com as duas pernas quebradas e Deus está na MINHA casa comendo da MINHA comida...e...", página 43.

As reflexões do autor não só acerca de sua escrita, mas também de sua existência e capacidade de um dia contornar tal situação. "Tem um monte de sujeitos por aí que escrevem prosa melhor que eu, e que entendem melhor as pessoas e o significado da humanidade... Pode apostar que eu consigo. Tem um milhão de coisas no mundo que eu não sei fazer. Não sei jogar bola. Não sei consertar uma pia. Não sei andar de patins ou fazer um Fá na guitarra. Tentei duas vezes manter um casamento e não consegui. Mas se você quiser que eu arrebente você, assuste ou envolva você, faça você chorar ou sorrir, então sim posso sair dessa!Eu consigo. Eu consigo e consigo de novo até você pedir água. Eu consigo. Eu POSSO”, pág. 121 e 122.

"Meia hora depois ele estava sentado diante da tela em branco, achando que devia gostar de sofrer. Ele tomara uma aspirina em vez de beber, mas isso não mudava o que iria acontecer agora. Iria ficar ali sentado por 15 minutos ou talvez meia hora, olhando para nada além de um cursor piscando na escuridão. Então iria desligar o computador e pegar um drinque", página 324.

Em um dos trechos o autor assim descreve Annie ressaltando o desfecho trágico da personagem: “... pois Annie não era uma deusa, afinal, mas sim uma dona louca que o machucara por suas próprias razões. Annie conseguira tirar quase todo o papel da boca e garganta e saíra pela janela enquanto Paul dormia, sedado. Ela tinha ido ao celeiro, e lá mesmo desabara. Quando Wicks e Mcknight a encontraram, ela já estava morta, mas não por asfixia. Tinha morrido da fratura do crânio que recebera ao bater contra o lintel...Então de certa forma tinha sido a máquina que Paul tanto odiara que havia matado Annie. Eles a tinham encontrado ao lado da baia de Misery, a porca, com a mão sobre uma serra elétrica", página 323.

As alucinações sofridas por Paul mesmo após a morte de Annie, são transcritas nesses tópicos a seguir:

"Mas isso tinha ficado no passado. Annie Wilkes estava no túmulo. Mas assim como Misery Chastain, ela não descansava em paz!Nos sonhos e devaneios de Paul, ele a desenterrava vez após vez. Era impossível matar a deusa. Talvez desse para anestesiá-la com bebidas, mas isso era tudo!", página 323 e 324.


"Paul ouviu um barulho às suas costas e se virou da tela em branco para ver Annie saindo da cozinha vestida em calças jeans e uma camisa de flanela de lenhador com a serra elétrica nas mãos", página 325.

Para finalizar, um trecho que assinala a superação do autor Paul Sheldon e a libertação do personagem. "Ele conseguiria sair dessa. Ele conseguia. E grato e aterrorizado, ele saiu. O buraco se abriu e Paul olhou para o que havia lá, sem perceber que seus dedos ficavam mais velozes, sem perceber que suas pernas doloridas pareciam estar a cinquenta quarteirões de distância, sem perceber que estava chorando enquanto escrevia", página 326. 


Por Analítica
Foto: Divulgação

  

quinta-feira, fevereiro 21, 2019

57 anos de Emancipação Política de São Desidério

No dia 22 de fevereiro, São Desidério, localizado no oeste da Bahia, comemorou 57 anos de Emancipação Política. Confira alguns registros fotográficos que marcam sua trajetória histórica, além de algumas paisagens e manifestações culturais que mostram um pouco da potencialidade do município.

                                          Década de 1940 e 1950:

Banda de Jazz Cordão de Ouro regida pelo Maestro Heliodoro Alves Ribeiro
Inauguração da Ponte do Val em 1953

Inauguração da Ponte do Val em 1953

Aspecto físico da Praça Dr. Augusto Torres no final da década de 1940 

Praça Dr. Augusto Torres fim da década de 1940
                                          Década de 1960:

Primeiro prefeito Abelardo Alencar

Aspecto físico da Praça da Igreja Matriz em 1963

Primeira Linha de Transporte do município 

Primeira turma de professores leigos orientados pela professora Palmira Faria (Década de 60)
Abertura de estrada vicinal, fim da década de 60

Caminhada para inauguração do Cemitério São Pedro em 1963

Construção do antigo Mercado Municipal em 1967

Discurso do primeiro prefeito Abelardo na inauguração da primeira sede da Câmara Municipal

Estudantes perfilados sob orientação da professora Abelina Rosa de Oliveira (D. Uta) 

Festa da Primavera

Posse dos vereadores em 1963

Cortejo da inauguração do Cemitério Municipal em 1963
Aplicação do calçamento na sede do município, início dos anos 1960

Terno da União sob orientação do Maestro Heliodoro Alves Ribeiro em 1965
Sport Clube São Desidério em meados da década de 1960

Vista da sede do município em 1966

Inauguração da Escola Presidente Castelo Branco em 1967 

Inauguração da Pedra Fundamental da Irrigação e Chafariz para fornecimento de Água em 31 de agosto de 1968

Primeiro Presidente da Câmara Legislativa de São Desidério Olavo Pereira dos Santos tomando posse em 1963
Desfile Cívico
Inauguração da Barragem em 1963
Inauguração da Barragem em 05 de maio de 1963
                                         Década de 1970 e 1980:

Aspecto físico da Praça da Igreja Matriz

Praça da Igreja Matriz em épocas dos festejos religiosos de setembro
Festejo do Divino Espírito Santo no final da década de 1970

Inauguração da Praça Juarez de Souza
Inauguração do Posto de Saúde de Sítio Grande, década de 1970


Desfile Cívico, década de 1970

Desfile Cívico na década de 1970, destaque para o Prefeito Antônio Rocha e primeira dama dona Zinha

Inauguração do Hospital e Maternidade Nossa Senhora Aparecida
Construção do cais da barragem no início da década de 1980

Construção da Lavanderia Municipal, década de 1980

Inauguração da Lavanderia Municipal

Inauguração da Lavanderia Municipal, década de 1980

Inauguração da antiga sede do Fórum Ministro Antonio Carlos Magalhães em 1988

Solenidade de inauguração do Fórum

Micaretas na praça no final da década de 1980 

Festa de Micareta

Inauguração do asfalto da BR 135, no trecho de São Desidério a Barreiras, no final da década de 1980
Campeonatos de vôlei na Praça do antigo Mercado Municipal

Encenação da Via-Sacra por grupos de jovens
                                     
Encenação da Via-Sacra, final dos anos 1980

Via-Sacra dramatizada, fim da década de 1980
Via-Sacra, final da década de 1980

Independente Sport Clube em primeira partida em outubro de 1984


                                         Década de 1990 e 2000:

Inauguração do Estádio Municipal, década de 1990

Inauguração da Creche Municipal Ana Maria de Santana, década de 1990

Inauguração da estátua do Cristo Redentor em 1993

Inauguração da antiga sede da Biblioteca Municipal Dom Ricardo Weberberger em setembro de 1995 

Aspecto físico da Av. JK e rua Julião José de Santana em meados da década de 1990

Desfile Cívico de 7 de Setembro em 1992

Solenidade de Inauguração da estátua do Cristo Redentor

Mulheres reunidas em frente ao cruzeiro da Igreja Matriz para tradicionais rezas da 'Lamentação das Almas'

Saudoso Clube Social Santo Onofre, década de 1990

Desfile Cívico, década de 1990
Escola Castelo Branco década de 1990

Rua 22 de Fevereiro na década de 1990

Rua das Mangueiras na década de 1990

Rua Otacílio Jesuíno de Oliveira, na Praça Juarez de Souza, década de 1990

Rua Bento Alves das Neves nas proximidades da Praça da Igreja Matriz

Rua Dr. Valério de Brito, década de 1990

Vista da cidade do alto do morro das barrigudas, década de 1990

Feira livre na praça do antigo Mercado Municipal, década de 1990

Procissão com o Santo São Desidério na chegada da imagem ao município em 1993
Procissão com o Santo São Desidério em direção ao Abrigo dos Idosos

Procissão com o Santo São Desidério

Orla da Barragem


Família que mantém a tradição do reisado no município 

Orla da Barragem

Lagoa Azul

Paredão do Deus me Livre no distrito de Sítio Grande

Romeiros na Caminhada Ecológica de São Sebastião com destino ao povoado de Morrão

Visitantes na Gruta do Catão

Orla da Barragem

Vista da cidade, janeiro de 2017

Por: Ana Lúcia Souza
Fotos: Arquivo Público Municipal /Ana Lúcia Souza

Dica de Leitura: Amar, verbo intransitivo (Mário de Andrade)

  “As conveniências muitas vezes prolongam a infelicidade”. Em ‘Amar, verbo intransitivo’, embarcamos com Mário de Andrade, em uma obra cara...