quarta-feira, maio 25, 2011

O resgate do santo São Desidério

Pouco conhecido no Brasil, São Desidério, o santo, foi um bispo que viveu na França por volta do ano 607 D.C. A história registra que ele foi decapitado em 23 de maio por professar sua fé católica em Jesus Cristo. A partir de então esse passou a ser o dia destinado a homenagear o santo.

São Desidério, o município, não recebeu este nome em homenagem ao santo europeu. Tão pouco é o padroeiro da cidade, posto ocupado por Nossa Senhora Aparecida. A semelhança foi mera coincidência. Contam os mais velhos que um dos primeiros moradores do ainda povoado foi o fazendeiro Desidério José de Souza. Por ser dono de muitas terras e bastante popular na região, virou referência. As pessoas chamavam o local de fazenda de "seu Desidério". Com o tempo, o nome passou para São Desidério, emancipado em 22 de fevereiro de 1962.

Ainda assim a relação entre o santo e o nome da cidade permaneceu instigando a curiosidade de muita gente, como Terezinha Brandolis que chegou ao município em 1992. Segundo ela, por volta de 1993, foi mandado construir uma imagem de São Desidério que, carregada em procissão, foi levada até a Igreja Matriz. Porém, o santo ficou pouco tempo no local e logo foi enviado para um artesão em Barreiras para reforma.


Procissão com o santo em 23 de maio de 2009

Seis anos se passaram e a imagem não retornou ao município desencadeando um mistério. O santo sumiu. Certo dia dona Terezinha se deparou com a imagem aos fundos da loja de um grande empresário de Barreiras, que o mantinha como enfeite. Era coisa do destino, e por que não dizer uma forcinha do próprio santo? A imagem retornou ao município de origem e permaneceu sob os cuidados de Terezinha até que, em 23 de maio de 2009, a pedido da comunidade, foi levada em procissão para o Centro de Convivência dos Idosos, local escolhido pelo vigário. De lá o santo só sairá para a igreja nova – em construção, onde ocupará um lugar próprio.

quarta-feira, maio 04, 2011

Peregrinação à Santa Cruz

A peregrinação ao morro da Santa Cruz é realizada no dia 03 de maio em Riacho Grande, distante 8 km da sede São Desidério. Há cerca de 100 anos, foi cravada uma cruz de madeira de aproximadamente cinco metros de altura no morro de Santa Cruz, a cerca de 3 km da localidade, pelos precursores Júlio Xavier do Bonfim, Pompílio da Silva Batista e Justino. Hoje centenas de fiéis fazem o percurso de 110 degraus até o topo do morro para pagarem promessas e fazer pedidos. A estrutura da cruz é a mesma, mantida pelos moradores que levam flores, velas e água ao som de foguetes e muita reza.







Dica de Leitura: Amar, verbo intransitivo (Mário de Andrade)

  “As conveniências muitas vezes prolongam a infelicidade”. Em ‘Amar, verbo intransitivo’, embarcamos com Mário de Andrade, em uma obra cara...