sexta-feira, setembro 27, 2019

Como eu era antes de você (Jojo Moyes)



Romance de maior sucesso da escritora britânica Jojo Moyes, a obra foi escolhida para a leitura do Analítica do mês de setembro. Dessa vez não segui a sequência que costumo obedecer: ler primeiro o livro e depois assistir ao filme, caso a obra tenha sido adaptada ao cinema. Mesmo assim não queria perder a oportunidade de conhecer a história na íntegra e ter o primeiro contato com o estilo da autora.

O enredo destaca o jovem rico e bem sucedido Will Traynor que após um acidente, em março de 2007, fica tetraplégico. Passados quase dois anos de uma rotina depressiva de Will, seus pais, passam por várias tentativas frustradas para contratar uma cuidadora. Louisa Clark, 26 anos, uma garota simples, sem ambições, garçonete recém-desempregada, mas que adora se vestir criativamente, é a candidata ao posto.

O trabalho é desafiador para Lou. "Comecei a odiá-lo, e tenho certeza de que ele sabia disso. Aquela casa linda e elegante era vazia e silenciosa como um necrotério. Seis meses, eu repetia mentalmente quando tudo parecia insuportável. Seis meses". A vontade de ser útil e o fato de ter que sustentar a família a mantém persistente, embora por vezes ela sinta vontade de desistir diante do gênio difícil e arrogante de Will, até o momento que ela consegue enfrentá-lo. “Mas eu estou aqui todos os dias apenas tentando fazer meu trabalho melhor que posso. Por isso, eu ficaria satisfeita se você não fizesse da minha vida algo tão desagradável, ao contrário do que você faz com a vida de todo mundo”.

Aos poucos eles começam a se entender e Will começa a reconhecer que Lou é uma garota diferente. “Cara Clark, para mostrar que sou um egoísta imbecil completo. E que agradeço muito os seus esforços. Obrigado, Will”. Mas Louisa descobre algo que a deixa pessimista e a faz refletir sobre qual é sua verdadeira missão na casa dos Traynor. Ela escuta uma discussão entre os pais de Will e a irmã dele Georgina, que exige que seja revisto o desejo de suicídio de Will com a alternativa da Dignitas (Uma sociedade que oferece auxílio a pessoas com doenças terminais que desejam cometer suicídio, realizada na Suíça). “Como alguém pode viver com a consciência de que está apenas deixando os dias correrem até sua própria morte?”.

Após muita insistência da Sra. Traynor, Lou decide ficar no trabalho até encerrar o contrato de trabalho de seis meses, mesmo prazo que Will prometeu aos pais. Nesse período ela consegue contribuir para algumas pequenas transformações, inclusive quanto à melhoria do humor de Will. Lou sente-se no dever de fazer com que Will tente mudar de ideia e organiza um cronograma de atividades para fazê-lo se sentir mais ativo, para isso segue orientações da irmã Katrina e tem a permissão dos pais de Will. Em um grupo de pessoas por meio de um bate-papo na internet, recebe a seguinte orientação. “Se ele amar, sentirá que pode seguir em frente. Sem amor, eu já teria afundado várias vezes”.

Will também a provoca para que busque sempre querer mais e o melhor para o seu futuro. “Você só vive uma vez. É sua obrigação aproveitar a vida da melhor forma possível”. Depois de alguns contratempos, a exemplo da terceira pneumonia de Will Louis se sente desestimulada. “Mas o tempo foi passando e vi que a lista de coisas que não podíamos fazer e de lugares a que não podíamos ir estava maior do que a lista do que podíamos efetivamente fazer”.

Ao aproximar o prazo final dado por Will aos pais, Lou faz última tentativa para fazê-lo desistir da morte. Numa viagem às Ilhas Mauricio na companhia de Will e do enfermeiro Nathan ela se declara a Will e para o seu desespero, ele a revela que sua decisão ainda prevalece. Eles se desentendem e Louisa deixa a casa dos Traynor quando eles retornam de viagem. No desenrolar da história Louisa é chamada por Will na Suíça e ela atende o seu último pedido. Ele deixa para ela no seu testamento uma quantia razoável para garantir sua liberdade e estimulá-la a buscar um futuro melhor.

“Você está marcada no meu coração, Clark. Desde o dia em que chegou, com suas roupas ridículas, suas piadas ruins e sua total incapacidade de disfarçar o que sente. Você mudou a minha vida muito mais do que esse dinheiro vai mudar a sua. Apenas viva bem. Apenas viva. Com amor, Will”.

Não se trata de uma narrativa cansativa. A história é contada em primeira pessoa, sob a ótica de Louisa, e em alguns poucos capítulos são narrado por Camila e Steven Traynor, pais de Will, Katrina, irma de Louisa e Nathan, o enfermeiro que ajuda Lou a cuidar de Will. A obra foi adaptada para o cinema em 2016 e alguns fatos foram excluídos, a exemplo do relacionamento extraconjugal de Steven e a personagem Georgina, irmã de Will que mora fora do país.  Gostei do estilo da autora e recomendo a leitura!

Título: Como eu era antes de você
Autora: Jojo Moyes
Gênero: Romance
Páginas: 286

Editora: Intrínseca

Por Analítica

segunda-feira, setembro 23, 2019

A morte do ex-prefeito Betim de São Desidério


Faleceu o ex-prefeito de São Desidério, Felisberto Ferreira dos Anjos, Betim como era conhecido, na noite de 21 de setembro. Betim foi o sexto prefeito do município e exerceu o cargo de 1983 a 1988 e de 1993 a 1996. Ele deixa esposa e oito filhos.

Entre suas principais obras, destacam-se a construção do monumento do Cristo Redentor que dá nome ao bairro onde está localizado, da antiga sede da Biblioteca Municipal Dom Ricardo Weberberger, do Hospital e Maternidade Nossa Senhora Aparecida, da primeira sede do Fórum Antônio Carlos Magalhães e das sedes das escolas Antônio Pereira da Rocha e Germano Rodrigues de Carvalho. Foi ele também quem trouxe para o município a imagem do Santo São Desidério e foi ainda um incentivador da cultura no município sendo o precursor das Micaretas. 

Por Analítica

Confira algumas fotos marcantes da carreira política do ex-prefeito:





















Fotos: Arquivo Felisberto Ferreira dos Anjos


sexta-feira, setembro 13, 2019

Contação de histórias para o Maternal I da Escola da Terra


Na tarde de sexta-feira, 06 de setembro, foi a vez de 'Contação de História' para a turminha do Maternal I, da Escola da Terra. Os pequenos ficaram atentos para ouvir a historinha escolhida - Os três porquinhos. 


O cenário foi preparado com muito carinho e com auxílio de uma mesa, toalha xadrez, ursinhos de pelúcia, máscaras e palitoches dos personagens.  


Para ilustrar a atividade, também foram utilizadas algumas músicas sobre o enredo que foram cantadas para prender a atenção das crianças. 


Ao final os alunos cantaram as músicas que aprenderam durante a história e usaram as máscaras dos personagens da história durante as fotografias.


Agradecimentos: À direção da Escola da Terra e às tias Juliana e Aline.

Por Analítica
  

segunda-feira, setembro 09, 2019

Homenagem aos 130 anos de Monteiro Lobato em Desfile de 7 de Setembro


Durante o Desfile Cívico de 7 de Setembro em São Desidério cuja temática foi 'Diversidade e Educação', o incentivo à leitura foi mais uma vez  manifestado com muita criatividade por várias escolas. Durante as apresentações das alas, foram realizadas homenagens aos 130 anos do escritor Monteiro Lobato por meio da obra de literatura infantil do Sítio do Pica-pau Amarelo .

Confira alguns cliques:








Por Analítica

quinta-feira, setembro 05, 2019

103 anos de tradição da 'Pegada do Mastro' em São Desidério


Manifestação tradicional e representativa do calendário cultural de São Desidério, há 103 anos a 'Pegada do Mastro' marca a trajetória histórica do município e assinala o início das comemorações dos festejos religiosos  de setembro da cidade aos quais está atrelada: a Festa da Padroeira Nossa Senhora Aparecida, celebrada em 19, e do Divino Espírito Santo, dia 20. 


Ainda no primeiro sábado de agosto, o 'Capitão do Mastro' e outros representantes da comissão organizadora dos festejos religiosos são encarregados de retirar duas árvores ou mastros de aproximadamente 15 metros cada, que são reservados num lugar conhecido por Cabeceira da Mamona, localizado a mais de 05 quilômetros da sede do município. 

No primeiro sábado de setembro, os organizadores, acompanhados de grande número de participantes se deslocam a pé pela mata até a Cabeceira da Mamona para buscar os mastros. 


Em 2017 pela primeira vez tive a oportunidade de participar da edição comemorativa aos 101 anos que contou com um número expressivo de mulheres participantes. Em meio a mata, o ambiente é simples e bastante acolhedor. Durante todo o dia, às sombras das árvores, sentados ao chão, muitos aproveitavam para descansar, rever alguns amigos, contar causos de outras edições do evento enquanto tomam pinga há bastante tempo curtida e também confraternizam lanches.  Os momentos mais aguardados são aqueles em que se formam rodas de samba ao som de instrumentos musicais rústicos, ao qual homens e mulheres se põem a dançar. 


Ao fim da tarde, após orações de agradecimento são servidas farofas. É hora de retornar à cidade! Todos se revezam para conduzir os mastros que são carregados sob os ombros dos participantes. No percurso de volta, algumas paradas obrigatórias são feitas para descanso e mais rodas de samba são improvisadas no meio da mata. 

Na chegada à cidade, fogos e o barulho emitido pelos instrumentos musicais sinalizam à população para se reunir nas imediações da Barragem, ponto alto da recepção. Um pequeno trajeto por algumas ruas do centro da cidade com direito a paradas e mais rodas de samba. O cortejo termina em frente à Igreja Matriz, onde os mastros serão posteriormente ornamentados com as bandeiras da Padroeira e do Divino e hasteados, tornando símbolos dos festejos na cidade.  


Com o passar dos anos essa tradicional festa ganhou apoio da Prefeitura Municipal por meio da Secretaria de Cultura e maior número de adeptos. Este ano a Pegada do Mastro ocorrerá no sábado, 07 de setembro, com saída a partir das 08 horas do bar Montalvão, do outro lado da Barragem de São Desidério, onde serão entregues as camisas aos participantes. 

Por Analítica

Dica de Leitura: Amar, verbo intransitivo (Mário de Andrade)

  “As conveniências muitas vezes prolongam a infelicidade”. Em ‘Amar, verbo intransitivo’, embarcamos com Mário de Andrade, em uma obra cara...