segunda-feira, dezembro 26, 2011

Como é bom festejar!

Comemorando em jantar especial de Natal da Turma do Canecão

Alguns presentes que ganhei

 
Surpresa do Marcos, meu namorado
Almoço especial com minhas irmãs Six, Luciane, meu namorado Marcos e as amigas Lu Roque e Thilú em Barreiras
Como é bom ter amigos. Percebo isso principalmente em datas como a de meu aniversário, quando me sinto um pouco mais querida por meus familiares, namorado, amigos. O dia 23 de dezembro foi especial para mim, cheio de surpresas e comemorações. O fato de meu aniversário ser uma data próxima do Natal sempre rende motivos para festejar, ainda mais por  eu ter escapado de ter sido registrada com o nome de Natalina, porque tenho a certeza de que minha mãe não teria escolhido Natália. Mas ainda bem que nasci na véspera da véspera. E como é difícil falar dé nós mesmos, abaixo republico um texto de minha querida amiga Luciana Roque que sabe como ninguém me descrever.

E viva a Aninha

Por Luciana Roque em www.mundodaluroque.blogspot.com

Meninas do Rio em apresentação do TCC

Pagando mico em Barra

É meiga, inteligente, espalhafatosa e muitíssimo desastrada, desculpa Aninha você sabe que é verdade hihihi. Ela deve ser mantida bem distante de equipamentos eletrônicos, principalmente, pois tem um alto poder de destruição, Carlos Araújo que o diga, tadinho, quase ficou sem a preciosa câmera fotográfica dele, e ela ainda por pouco não destruiu o notebook dele e como esquecer quando ela quase pulverizou todo o trabalho de doutorado do César. Acho que o problema maior são aqueles braços compridos ou as mãos dela que muitas vezes funcionam como hélices, sei lá.

Sem falar que ela é linda, um sorrisão meio tímido, apesar dela se achar cheia de imperfeições hahaha, troque de espelho, querida.

É uma pessoa que não passa na sua vida, ela fica. Não esqueço que no dia da nossa defesa do TCC, você fez Carlos se derreter em lágrimas, quantas gargalhadas me proporcionou com seus rompantes de aprendiz de jornalista nos tempos da faculdade, nossas viagens de pesquisa, as trocas de nomes, as hilárias imitações: Mardenzinho, Balduíno, Cecececésar, Nádia, Ivana, Neura, Simone, eu, Jack, Thiarinha, Rôney, Carlos, Zé eita que a lista é longa...

A Aninha é de uma generosidade ímpar, muito companheira, chega de mansinho e quando você se dá conta, pronto, já se instalou definitivamente no coração da gente.

Muitas felicidades, muitos anos de vida, que Deus a abençoe sempre e Viva a Aninha!

quarta-feira, dezembro 21, 2011

A lapinha da vó


A melhor recordação que tenho de Natal é de ver minha avó Si montar a lapinha no dia 24 de dezembro. Uma tradição que ela preserva a mais de 50 anos por promessa. Segundo a vó muitas moças costumavam ir para as grutas cerca de duas semanas antes do Natal para buscar pedras chamadas de lapas para utilizarem na confecção das lapinhas.
Desde quando éramos pequenas, eu e minhas primas costumávamos observar nossas mães ajudarem a matriarca da família. Nossa contribuição nessa época se resumia em ajudar a carregar as plantas e enfeitá-las com as bolas de Natal. Lembro também da cola de tapioca que minha avó costumava fazer para colar o papel, seja forrando as latas das plantas ou um velho caixote utilizado para colocar os santos. Outra lembrança era o licor de jenipapo preparado para servir depois da reza, nos dias 24, após a missa do galo e dia 06 de janeiro, dia de santo Reis. A gente sempre tomava escondido da vó quando íamos rezar à noite na lapinha no intervalo entre dia 24 e 06.

Com o tempo assumimos de vez a função de montar a lapinha para ajudar a vó. Das primeiras vezes ela ficou nervosa porque ainda não tínhamos pegado os trejeitos do tal ofício e assim ela questionava:

- Ô menina cadê a boca da lapinha. Vocês não sabem fazer lapinha não. Deixa que eu faço, eu só vou colocar o santo.
A ‘boca da lapinha’ que ela se referia se trata de um formato triangular, seja por meio de plantas ou do próprio papel que no final se configura em uma gruta deixando transparecer uma entrada com destaque para onde se apresentam os santos. Nos anos seguintes ela até ficou mais calma e deixou que tomássemos conta de vez de tal tarefa, mas sempre dando seus pitacos. Um opinião daqui, outro dali e num instante a casa está cheia. Nesse movimento descobri que até mesmo meu pai já fez lapinha. Ele ajudava uma senhora que já faleceu a montar sua lapinha.

Hoje por conta de outras atividades da rotina costumamos anteceder o dia da montagem, e não mais no dia 24. Com a valorização do costume de presépios em São Desidério, um Concurso de lapinhas é realizado desde 2009, ano que a lapinha de minha avó foi premiada em segundo lugar. Em 2010 ficamos em primeiro lugar. Para este ano em decorrência da morte de meu avô, que fará um ano próximo dia 31, o desânimo foi unânime na comissão organizadora da lapinha da vó, e acabamos por pensar em algo menor e difícil de ser definido. Apenas para não deixar que minha avó simplesmente coloque a mesa e os santos.

Foto: Jackeline Bispo 

terça-feira, dezembro 20, 2011

Meus tropeços


Assumo meus tropeços. E não são poucos. Mas vou relatar apenas os mais gritantes que me trouxeram grandes lições, como de certa vez que fui a um circo que chegou em São Desidério e se instalou nas imediações do Coliseu da Paz. Tudo corria tranquilamente até o espetáculo terminar e todos se dirigirem até a saída. Eu toda feliz, mal esperava que viraria alvo da palhaçada da noite em um espetáculo a parte em poucos instantes. Tinha uma multidão na área externa e eu procurava minha turma para ir embora quando de repente tropecei em uma das cordas que suspendem a lona do circo, como se estivesse pretendendo fazer uma espécie de acrobacia em um trapézio, só que sem a rede de segurança. “No meio do caminho havia uma corda, havia uma corda no meio do caminho”.  Não deu para pensar muito. Vi do chão muita gente sorrindo com aquela atração pós - espetáculo. Não demorei dois segundos e me levantei rapidamente sem entender como aquilo acontecera e logo comigo. Já se passaram oito anos desde esse acontecido e até hoje penso duas vezes antes de ir a um circo novamente.
Outra vez, voltando do trabalho e passando avenida JK, principal avenida da cidade em horário de pico, ao mesmo tempo que andava em passo acelerado, como de costume, também conversava com a amiga Jacky. Sem perceber escorreguei em uma calçada de certo comércio, caí de quatro no chão com bolsa e notebook. Olhei rapidamente para dentro do comércio e notei que algumas pessoas haviam visto a cena. Desastre? Desleixo? Pernas bambas? Era apenas uma calçada no meio do caminho. No meio do caminho havia uma calçada. Passei o resto do trajeto rindo de mim mesma, sem contar que a Jacky, para variar, chorava de tanto rir.

Mas talvez a mais incomum e memorável de todas as minhas quedas tenha sido uma da qual fui vítima na praça das Corujas em Barreiras. Em um sábado pleno de sol de fevereiro de 2008 voltava do dentista super apressada para pegar o ônibus, ou o que quer que fosse, para retornar a São Desidério o mais rápido possível, pois era início do curso de inglês e a aula começava às 09 horas, e, no entanto já eram cerca de 08h30min. Chegou uma vam e eu corri como se naquele momento só houvesse apenas eu e esse automóvel no mundo. Não olhei para traz, só sabia que a praça estava repleta de gente e a vam também. No intervalo entre a praça e o automóvel foram centésimos de segundos, tempo suficiente para abraçar o chão novamente. E como de costume levantei rápido e queria sair dali o quanto antes. Entrei na vam sem sequer olhar para o lado. Só me lembro de ter dito ao motorista para sair imediatamente, pois estava muito apressada e envergonhada. Para a minha infelicidade ele desligou a vam e ainda quis saber como é que tinha caído. Logo ele que viu tudo de camarote e sorrindo. No meio do caminho havia um motorista sarcástico. Passado a euforia só durante o percurso percebi que algo em minha mão esquerda doía, incomodava. Era uma ferida que mai tarde se configurou em um sinal, reflexo de mais uma de minhas quedas, ou melhor, um aprendizado que me faz refletir a cada vez que lembro: a pressa não é a melhor combinação quando se está atrasado e não se tem muito que fazer. Por isso não corra muito!  

Dica de Leitura: Amar, verbo intransitivo (Mário de Andrade)

  “As conveniências muitas vezes prolongam a infelicidade”. Em ‘Amar, verbo intransitivo’, embarcamos com Mário de Andrade, em uma obra cara...