quinta-feira, setembro 07, 2017

Aquela foto de 7 de Setembro que você não esquece (Reprodução)






A primeira foto foi produzida em 1991, um ano antes de participar do meu primeiro desfile como estudante. O local era a antiga praça onde se localizava a sede do Banco do Brasil. Eu com 4 anos vestida com minha jardineirinha que tanto gostava, e minha irmã Luciane que desfilou na ala das baianas.

Na segunda foto é a reconstituição da original produzida a poucas horas. Uma tentativa de reprodução da primeira tirada há 26 anos.Eu de baiana e minha sobrinha e afilhada Maria Clara. 

Data da 1ª Foto: 07/09/1991- por Zezinho da Lela
Data da reprodução da foto: 07/09/2017 - por Ângela Patrícia
Ideia e direção da reprodução da fotografia: Ana Lúcia Souza
Criança: Maria Clara
Figurantes: Anna Sizaltina, Waléria Tatiara e Túlio Fleury
Apoio: Elitânia Lima
Local: Praça Abelardo Alencar 

Outras lembranças de 7 de Setembro - Outro dia comentava com muita saudade com alguns amigos sobre os Desfiles Cívicos. Da ansiedade e expectativa que sentíamos quando se aproximava o 7 de Setembro. Os ensaios nas ruas, de experimentar as roupas nas costureiras que costumavam não dormir às vésperas do desfile para finalizar a tempo as indumentárias dos alunos e de todos os preparativos gerados em torno da data .

Ao amanhecer do dia 7, costumávamos despertar ao som dos hinos cívicos entoados nas caixas de som fixados nos postes das principais ruas da cidade e imediações de onde o palanque era montado. Era como se o som enaltecesse o sentimento de patriotismo e incentivasse a levantar da cama e participar do Desfile Cívico. Carros alegóricos se posicionavam em frente às escolas, a avenida movimentada de alunos, dos pais acompanhando os filhos com as vasilhas de água.

Embora já tenha desfilado de uniforme, e gostado, sempre achava interessante participar de alegorias para ter a desculpa de usar outras roupas que não fosse farda. No primeiro desfile cívico cursava o Pré Escolar na Escola O Pequeno Príncipe, em 1992, em cima de um carro alegórico, todo enfeitado, que levava os paquitos e paquitas da Xuxa. Lembro até hoje da roupa branca, uma camisa com saia de pregas, o cheiro do sapato novo comprado para aquela ocasião e o chapéu. Outro ano, desfilei no pelotão da Primavera com roupas florais e sexta de flores. Mas as vezes que mais se repetiam são as que me vesti com roupas brancas ou como porta-bandeira.

Também lembro de algumas recordações engraçadas sobre desfile. Muitas mães para evitar gastos costumavam tingir as calças dos filhos em casa. Parece que muitas delas sempre entravam em acordo com relação a isso.

- Você vai comprar calça nova para sua filha desfilar fulana? Argumentava uma.

- Não mulher é só uma horinha ali. Porque você não faz como eu e tinge a calça dela com anil? Replicava a outra.

Pronto estava feito! Certa vez isso aconteceu comigo. Só lembro do reflexo do sol no jeans que se tornava lilás e isso chamava a atenção. Alguns colegas fazia graça disso. Fazer fotografia era um pouco difícil, poucas pessoas dispunham de máquina fotográfica em casa e celular então. O desfile era uma ocasião bem oportuna e ao final, todos costumavam ir para as praças e jardins onde os fotógrafos já ficavam de prontidão esperando. Em uma das vezes que desfilei vestida com roupas brancas coincidiu que o asfalto da avenida JK havia sido feito recentemente. Eu estudava a 5ª série. A cada passo que marchávamos, o solado do sapato branco grudava no asfalto, e ficou difícil de acompanhar o compasso.

No 2º ano do Ensino Médio, em 2003, desfilei como porta-bandeira do Colégio Médici. Para mim, essa missão só seria completa se eu conseguisse levar a bandeira do Brasil. No momento em que a fila era organizada em frente à escola, percebi que outra garota também estava com o mesmo objetivo que o meu. Sai imediatamente da fila e entrei na escola onde encontrei a diretora e perguntei-a onde estava a bandeira do Brasil, pois eu queria levar. Ela permitiu e apontou para onde a bandeira se encontrava, próximo à porta da sala da direção. Pequei o mastro com a bandeira e neste instante surgiu na porta a outra garota concorrente. Não tive coragem de olhar, pois saí imediatamente agarrada à bandeira, mas percebi que ela ficou chateada por eu ter conseguido. O engraçado foi contar essa história um ano depois, no 3º ano e descobrir que a colega para quem eu contava era justamente a garota concorrente desse episódio.


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