sexta-feira, outubro 01, 2010

Baita fartura tchê!



“A diversão do caxiense é comer. No jantar já se pensa no almoço de amanhã”.

Assim definiu um típico caxiense.

Eles jantam pensando no almoço.

Sair para comer é um dos programas preferidos.

 A culinária caxiense sofreu muita influência dos imigrantes italianos.

Quanta fartura. Quanta comida gostosa!

Com o frio aumentou o apetite.

Aos olhos de nossos anfitriões parecia que não comíamos nada.

- Como. Como muito. O meu porte franzino não significa que passo fome na Bahia. Expliquei.

Aliás. Três meses no Sul e seria mais fácil engordar.

Muito mais rápido do que o esforço de dez anos tomando vitaminas para tal objetivo.

Boate por lá tem outro significado.

É o mesmo que brega no Nordeste.

Só soubemos disso quando falamos que queríamos ir a uma ‘danceteria’.

É o nome mais apropriado.

Entre danceterias, galheterias, pubs, o Mississipi.

Um aquecedor. Cervejas artesanais. João, um guri engraçado.

E o melô que marcou a viagem ao Sul. “Pode pegá, pode morder, pode beijar, pode pegá”

Cafés. Hum .... La luna negra! Boa pedida.

Sempre quis ir em um desses. O clima sempre convida.

Também gostam muito de sorvete.

Coisa que eu nunca imaginaria encontrar em vista de tanto frio.

Deve ser por isso que fumam tanto. Aos montes.

O vento uivava na janela do quarto.

Olhos lacrimejavam e bochechas vermelhas da ventania que batia à face.

A temperatura era de 7º no penúltimo dia. Fumaça saindo da boca.

Duas meias – calça por baixo da calça, três meias, tênis, blusa de frio, casaco, cachecol, luvas.

E ainda tremia de frio. Esse não dava para esquecer mesmo.

Então sair para comer passou também a ser nossa diversão preferida. 

E isso não era nenhum sacrifício.


Continua...

Por Ana Lúcia Souza em 01/10/10

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