quinta-feira, setembro 11, 2025

Ipês

 










Se adaptar (Clara Supont-Monod)

 


"Todo adulto deveria lembrar que é alguém em dívida com a criança que foi". Na obra 'Se adaptar', de Clara Dupont-Monod, viajamos para a França na década de 1980, onde conhecemos uma família e uma história sobre vínculos fraternos. 

"Um desabamento pode, as vezes, assumir a forma contrária daquilo que ele encobre. O desespero se transmutaem dureza", pág. 90.

Três irmãos e três perspectivas diferentes. Um menino 'inadaptafo', termo utilizado no cenário da época para descrever um garoto com paralisia cerebral e os reflexos na vida de toda a família. "Ninguém realmente entendeu que naquele momento, uma fratura estava se desenhando. 

Logo os pais falariam dos seus últimos momentos de despreocupação, noção perversa, só pode ser saboreada depois de extinta, quando já se formou memória", pág. 12.

A autora escolhe uma pedra por narrador. A obra também é uma história de resiliência, fraternidade e memórias afetivas.

"Só tem uma letra separando 'livro' de 'livre'. Se você não lê, é porque está completamente aprisionado", pág. 124.

O livro é o primeiro contato do Analítica com a escrita da autora e obra indicada pela tag livros de maio. "Pois com relação ao destino, as mulheres se mostram astuciosas. Elas têm a sensatez de nunca o desafiar. Elas se curvam, mas as escondidas, se adaptam. Elas anteveem redes de apoio, organizam uma resistência, poupam suas energias, enganam os sofrimentos".

Por Analítica 

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