‘Herdeiras do mar’ é o romance de estreia de Mary Lynn Bracht e traz uma história emocionante sobre o legado de vida das mergulhadoras coreanas denominadas 'haenyeos' ou mulheres do mar, que apesar de poucos conhecidas são retratadas nessa obra no período da Segunda Guerra Mundial, quando os japoneses invadiram a Coréia.
É uma indicação da Tag Livros no primeiro quadrimestre de 2020, quando ainda estava fazendo uma experiência para decidir qual das duas modalidades associar - Inéditos ou Curadoria. Acabei por me identificar mais pelas indicações da Tag Curadoria.
Assim como outras garotas de sua aldeia, localizada na costa sul da Ilha de Jeju, Hana, a protagonista da história, aprendeu desde cedo com a mãe o ofício de se tornar uma haenyeo, tradição mantida desde o ano 434 e que resistiu ao tempo. É do mar, onde mergulham profundamente que as haenyeo sustentam a família.
“Sempre olhe para a praia quando voltar à superfície, senão você pode perder o norte”, a mãe disse, virando o rosto de Hana para que ela enxergasse a terra (...) Procure sua irmã depois de cada mergulho. Nunca se esqueça disso. Se puder vê-la, você estará segura”, página 12.
Para salvar a irmã pequena Emiko, Hana é levada pelo exército japonês. Aos 16 anos, a garota passa a viver uma sofrida e violenta realidade em bordéis onde se torna mais uma ‘mulher de consolo’ dos soldados japoneses. Simultaneamente, a narrativa se passa em dois períodos: no passado, a partir de 1943 com o desaparecimento de Hana, e no presente, sob a perspectiva da irmã Emi, que tenta buscar sem sucesso, indícios do paradeiro da irmã perdida.
A história é uma das mais emocionantes que li, com muitos capítulos marcados por uma narrativa bem pesada e triste. Os relatos do sofrimento de Hana são extremamente comoventes. Recomendo a leitura para quem se identifica com uma história bem emocionante!
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