O dia chuvoso de trinta e um de março de 1945 comprometeu a aterrissagem do avião da Força Aérea Brasileira C-47 2025 destino Rio de Janeiro – Barreiras, que se chocou contra as rochas da serra da bandeira por volta de onze e meia da manhã.
As vítimas eram militares e algumas esposas, e foram enterradas coletivamente no cemitério São João Batista em Barreiras. Algumas que puderam ser identificadas foram removidas para sua cidade natal e enterradas. Não havia nenhuma vítima de Barreiras. Segundo o coveiro Odilon Francisco de Souza, parentes estiveram no cemitério há algum tempo para visitar o túmulo. Na época o acidente causou impacto na cidade e muitos curiosos estiveram no local. Dona Yolanda, viúva de seu Jonas Xavier de Oliveira, ex-funcionário do aeroporto, relembra o pesadelo com um avião na noite anterior ao acidente. Ela comentou com seu esposo. Na época eles moravam na vila do aeroporto. Ela esteve no local e até hoje se recorda da situação em que se encontravam os corpos das vítimas. Cenas que perduraram em sua cabeça por várias noites. Yolanda ainda afirma que Terra, comandante do avião, conversava no momento via rádio com a cozinheira do restaurante do aeroporto, conhecida como Maria Bolão, sobre o que gostaria de comer no almoço.
Enquanto esteve vivo seu Jonas por meio de uma verba enviada pela FAB era responsável pela manutenção do túmulo que atualmente se encontra em estado de má-conservação.
Texto de Ana Lúcia Souza e membros do Grupo Personagens em 22 de abril de 2008 durante produção da Grande Reportagem na disciplina de Redação Jornalística III da professora Nádia Borges - Faculdade São Francisco de Barreiras – FASB
Foto: Arquivo
Nenhum comentário:
Postar um comentário