"O amor é uma afirmação ousada de esperança".
Em 'A ilha das árvores perdidas', de autoria da escritora turca Elif Shafak, o leitor conhece um pouco da história de Ada, filha do casal Kostas, descendente de grego, e de Define, descendente de turcos. Eles são migrantes da ilha de Chipre, marcada por um conflito étnico-religioso, e agora vivem em Londres.
"Faz muitos anos que deixei aquele lugar a bordo de um avião, dentro de uma mala de couro preto e macio, para nunca mais voltar. Desde então, adotei outro país, a Inglaterra, onde cresci e bocejei, mas não se passa um único dia em que não anseie voltar", pg. 11.
A personagem principal Ada, no decorrer da narrativa vai desvendando o passado dos seus pais. Ela tem a figura de uma figueira como testemunha e a história é contada sobre as duas perspectivas: de Ada e da Figueira.
"Naquela tarde, enquanto nuvens de tempestade caíam sobre Londres e o mundo ficava da cor da melancolia, Kostas Kazantzakis me enterrou no jardim", pg. 29.
A trama é marcada por temáticas como o amor proibido, memórias, guerra e conflitos familiares e religiosos. A leitura é indicação do mês de setembro da Tag Livros Experiências Literárias (Curadoria), indicada pela curadora Adriana Ferreira Silva.
"Uma memória duradoura é uma maldição. Quando as idosas cipriotas desejam o mal a alguém, não pedem que nada de flagrantemente ruim lhe aconteça. [...] Elas simplesmente dizem: Que você nunca consiga esquecer. Que você vá para o túmulo ainda se lembrando", pg. 41.
Por Analítica
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