A obra é dividida em três partes, considerada uma narrativa ficcional em que a autora se inspirou em biografias sobre a consagrada artista mexicana, e construiu sua própria história, que resultou em um romance biográfico que apresenta aspectos icônicos da vida de Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, com destaque para os conflitos, problemas de saúde, a relação com a família, com a arte e cultura mexicana, além do conturbado matrimônio com o pintor Diego Rivera.
É impossível ler sem imaginar por traz um cenário que expressa um contexto de flores, cores, arte, revolução, força, feminismo e vida, que faz jus ao título do livro, mas que também se contrasta por outro lado, com sofrimento, humilhação, traição de uma personagem que muitas vezes, se apresenta indecisa e frágil.
Um dos marcos da narrativa e da vida de Frida é o acidente sofrido por ela na juventude, algo que irá mudar sua vida para sempre. Também no decorrer da sua trajetória, e que o livro enfatiza muito bem, que apesar dos problemas de saúde que enfrenta e as diversas cirurgias que submete, a história mostra como ela encontra na pintura a válvula de escape para superar seu sofrimento e sagrar-se como uma grande artista mexicana, que soube transformar sua dor e sua cultura em arte e expressão de liberdade. Li e recomendo!
"Então eu vivo na minha pintura [...]. A vida é bela demais, colorida demais para ser apenas suportada. Quero apreciá-la, quero sentir alegria e amor", p. 47.
Como plano de fundo da Foto 1, foi utilizada uma das janelas do Museu Municipal Olavo Pereira dos Santos em São Desidério, em cor azul, a qual pensei em usar fazendo referência à Casa Azul de Frida Kahlo em Coyoacán, México. E na Foto 2, como fundo, um bouganville rosa que enfeita a orla da Barragem, também em São Desidério, por ser uma planta citada para descrever alguns momentos a narrativa acerca do quintal da Casa Azul de Frida.
Por Analítica
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