“As conveniências muitas vezes prolongam a infelicidade”. Em ‘Amar, verbo intransitivo’, embarcamos com Mário de Andrade, em uma obra característica do Modernismo, iniciado no Brasil, na década de 1920, após a Semana da Arte Moderna. Publicado em 1927, neste enredo, o verbo ‘Amar’, classificado como verbo transitivo, ou seja, que não precisa de complemento, ganha outro significado, o de intransitivo.
Elsa, uma governanta alemã contratada por um membro da burguesia industrial paulistana para iniciar a vida sexual do filho adolescente Carlos, logo desperta o amor do garoto. Entre razão e emoção, para a governanta o importante é amar, não importando a quem, mas o lado emocional e a missão a que se comprometeu a faz se entregar ao ofício.
A linguagem utilizada na narrativa é bem coloquial, com expressões comuns para tratar o tema da iniciação sexual e contextualizá-lo, numa época em que a literatura está reformulando os paradigmas da arte no atual cenário.
“A felicidade é tão oposta à vida que, estando nela, a gente esquece que vive. Depois quando acaba, dure pouco, dure muito, fica apenas aquela impressão do segundo”.
Por Analítica
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