Cerca de um mês e meio antes do
show da banda sueca Roxette em Brasília, os ingressos já estavam comprados na
pista premium. Aumentava a expectativa e ansiedade a cada dia, assim como os
pesadelos. Afinal, essa era a única oportunidade de assistir Roxette ao vivo.
Um dos shows mais esperados da minha vida!
Enfim, a tão esperada noite de
15 de maio. Às 19 horas estávamos (Tulio, Wall, Six, vinícius, Marcos e eu) às
portas do Ginásio Nilson Nelson, Asa Norte, e um sonho perto de se concretizar.
O show estava marcado para as 21h. Nos posicionamos próximos ao palco e dali
não saí nem para ir ao banheiro. Qualquer saída comprometia o lugar adquirido
com tanto esforço. De repente, apagaram-se as luzes e uma multidão começou a
gritar sinalizando a entrada dos integrantes da banda. Por último eles, os
vocalistas Marie Fredriksson e Per Gessle cantando “Dressed for success”, o que
contribuiu para aumentar meu estado de euforia. O repertório seguiu com ‘Sleeping in My Car’, ‘ The
Big Love’, ‘Silver Blue’, ‘Stars’, ‘She's Got Nothing on (But The Radio)’,
‘Perfect Day’, ‘Things Will Never Be The Same’, ‘It Must Have Been Love’, ‘It's
Possible’, ‘7 twenty 7’, ‘Fading Like a Flower (Every Time You Leave)’, ‘Crash!
Boom! Bang!’, ‘How Do You Do!’, ‘Dangerous’, ‘Joyride’, ‘Spending My Time’,
‘The Look’, ‘Listen To Your Heart’ e ‘Church of Your Heart’.
O público foi ao delírio ao
relembrar antigos sucessos. De onde estávamos, o espaço era suficiente apenas
para respirar, mas mesmo assim ainda conseguia pular e gritar muito. Não é todo
dia que se vê artistas prediletos tão próximo. Parecia miragem. Um dos momentos
mais inesquecíveis foi marcado quando a Marie começou a cantar ‘It must have
been Love” acompanhado pela multidão num mesmo coro. Como ela mesma expressou:
“It’s so fantastic!”. Sim, Marie, foi
fantástico. Foi inesquecível e durou cerca de duas horas. Contrariando a máxima
do que sugere o título de um dos mais destacados singles de Roxette, “Almost
real’, o show em Brasília foi mais que real. Ainda mais para mim, que nunca
imaginei que um dia tivesse a oportunidade de assistir a apresentação de uma
banda que já vendeu mais de 75 milhões de álbuns pelo mundo e voltou ao Brasil
pela quinta vez.
Na saída do show, teve até
entrevista para o DFTV. O pedido para interpretar uma breve capela de “It must
have been love” surpreendeu nosso grupo que foi intitulado pelo repórter de
“grupo da Bahia”.
Já tinha ouvido Roxette, mas em
2002 as músicas da banda marcaram minha primeira viagem a capital Salvador e o
meu primeiro contato com o mar. Jamais devolvi aquele CD emprestado que tantas
vezes ouvi até não mais prestar. Daí por diante as músicas passaram a embalar
vários momentos de minha vida. Certa vez me emprestaram outro CD de roxette, só
que este era original, e não tive a felicidade de ouvi-lo a tempo de o ver
quebrado à minha frente por circunstâncias de um incidente provocado pela minha
irmã Anna Si e a prima Wall. Mesmo quebrado o guardo até hoje como lembrança e
também a blusa de Roxette que já está bem desbotada.
Há cerca de um ano a banda fez uma turnê pelo Brasil, passando por São Paulo,
Rio de Janeiro e Porto Alegre, e me lembro que na época fiquei chateada, porque
morando no interior da Bahia, e longe das capitais onde os shows foram
realizados, o sonho estavam perto e ao mesmo tempo distante de se realizar.
Posso dizer que Roxette está na
minha veia. Admiro sim a força da vocalista Marie Fredriksson que retornou ao
trabalho em 2010 após se recuperar de um tumor maligno no cérebro descoberto em
2002. Os médicos chegaram a afirmar que ela só teria 20% de chance de
sobreviver. E muito embora a Marie não consiga hoje alcançar as notas mais
altas como em outros tempos, sua voz será sempre inconfundível e inspiradora e
Roxette continuará sendo correspondida pelo público que ainda se arrepia com os
sucessos que continuarão emocionando milhares de fãs.
Por Analítica
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