quinta-feira, março 28, 2013

Adeus ao ex-prefeito de São Desidério José Fernandes de SantanaNa




 
Inauguração do Estádio Municipal em 1992
Primo de meu avô, José de Santana, José Fernandes de Santana, ex-prefeito de São Desidério, faleceu na madrugada desta quinta-feira, 28, aos 82 anos, no Hospital Santa Helena em Goiânia, onde estava em tratamento e teve falência múltipla dos órgãos.

Natural de São Desidério, José Fernandes , nasceu no dia 29 de maio de 1931, filho único de Julião José de Santana e Norberta Rodrigues de Santana. Cursou até a 4ª série do antigo primário. Casou-se com Ana Maria de Santana com quem teve oito filhos. Trabalhou como fiscal de obras no período da gestão do Prefeito Abelardo Alencar, de 1963 a 1966. Entrou para a política elegendo-se vereador por dois pleitos, de 1967 a 1970 e de 1971 a 1972. Como prefeito, pelo partido do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), atual PMDB, administrou o município por dois mandatos, de 1977 a 1982 e de 1989 a 1992. 

Participando de desfile cívico
 
Entre as principais obras que realizou, destacam-se a construção das praças Juarez de Souza, da Augusto Torres, da Igreja Matriz e do antigo Mercado Municipal, construção do antigo prédio do SESP, do Estádio Municipal, da Creche Municipal Ana Maria de Santana, instalação do 2º Grau, trouxe para o município os sinais de TV e de telefone e beneficiou a população com a vinda do serviço de expedição de documentos. 

Na posse de seu segundo mandato em 1989


Na Cultura, foi o pioneiro na realização de festas tradicionais no município, como os festejos de São João, realizado anteriormnte na Praça do antigo Mercado Municipal, e de São Pedro, com fogueira em frente a capela do Cemitério São Pedro, que após alguns anos esquecida, foi resgatada em 2009. Em entrevista concedida ao município em junho de 2010 ele declarou. "No dia de São Pedro, providenciava cedo a fogueira que era enfeitada em frente ao cemitério. Muitos moradores ajudavam a enfeitar com frutas, pipocas, brinuedos e dinheiro. A noite, depois da missa, todos aguardavam a queda da fogueira e tinha também as apresentações das quadrilhas", disse José Fernandes.  

Em baile de formatura





sexta-feira, março 08, 2013

É preciso voltar os olhos para as mulheres




Que poder é esse que a família e os homens têm sobre o corpo das mulheres?
Ontem, para mutilar, amordaçar, silenciar. Hoje para manipular, moldar, escravizar aos estereótipos.
Todos vimos na televisão modelos torturados por seguidas cirurgias plásticas.
Transformaram seus seios em alegorias para entrar na moda da peitaria robusta das norte americanas.
Entupiram as nádegas de silicone para se tornarem rebolativas e sensuais, garantindo bom sucesso nas passarelas do samba.
Substituíram os narizes, desviaram costas, mudaram o traçado do dorso para se adaptarem à moda do momento e ficarem irresistíveis diante dos homens.
E com isso Bárbies de fancaria, provocaram em muitas outras mulheres (as baixinhas, as gordas, as de óculos, as magrinhas) um sentimento de perda de autoestima.
Isso exatamente no momento em que a maioria de estudantes universitários (56%) é composta de moças.
Em que mulheres se afirmam na magistratura, na pesquisa científica, na política, no jornalismo.
E no momento em que as pioneiras do feminismo passam a defender a teoria de que é preciso feminilizar o mundo e torná-lo mais distante da barbárie mercantilista e mais próximo do humanismo.
Por mim, acho que só as mulheres podem desarmar a sociedade. Até porque elas são desarmadas pela própria natureza. Nascem sem pênis, sem o poder fálico da penetração e do estupro, tão bem representado por pistolas, revólveres, flechas, espadas e punhais.
Ninguém diz, de uma mulher, que ela é de espadas.
Ninguém lhe dá, na primeira infância, um fuzil de plástico como fazem com os meninos, para fortalecer sua virilidade e violência.
As mulheres detestam o sangue, até mesmo porque têm que derramá-lo na menstruação ou no parto.
Odeiam as guerras, os exércitos regulares ou as gangues urbanas, porque lhes tiram os filhos de sua convivência e os colocam na marginalidade, na insegurança e na violência.
É preciso voltar os olhos para a população feminina como a grande articuladora da paz.
E para começar queremos pregar o respeito ao corpo da mulher. Respeito as suas pernas que têm varizes porque carregam latas d’água e trouxas de roupa.
Respeito aos seus seios que perderam a firmeza porque amamentaram seus filhos ao longo dos anos.
Respeito ao seu dorso que engrossou, porque elas carregaram o país nas costas. São as mulheres que irão impor um adeus às armas, quando forem ouvidas e valorizadas e puderam fazer prevalecer a ternura de suas mentes e a doçura de seus corações.

 (Autor desconhecido)

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