Defendo um jornalismo com diploma sim, porque prefiro uma informação de qualidade e a sociedade merece uma notícia bem apurada por quem se graduou e conhece todos os processos que exige a informação para se configure em notícia, mesmo que isso não significa a garantia total da boa informação, como diz Débora Lima, tesoureira da Federação Nacional dos Jornalistas - Fenaj. "O diploma é a mínima garantia do direito à informação de qualidade. Obviamente que ele não garante 100% a boa informação, mas garante o mínimo para o cidadão saber que aquela pessoa que está produzindo a informação teve uma qualificação, principalmente do ponto de vista da responsabilidade social".
Sempre escolherei e confiarei mais em quem passou pelo crivo de uma faculdade de jornalismo à um amador da profissão, que mesmo ciente da prática diária não domina os fundamentos de uma boa matéria nos moldes jornalísticos, nunca encarou os desafios da reportagem e não conhece os bastidores da notícia. Existe muitos desses por aí que preferem permanecer no erro. Um exemplo bem simples, é usar o bordão 'maiores informações'. Não existe maiores nem menores informações, mas sim 'outras' ou 'mais' informações.
Não darei importância àqueles que desconhecem a profissão de jornalista e apenas o assemelham a um mero portador da notícia, ou como muitos insistem e preferem chamar de 'fofoqueiros'.
Há ainda àqueles que pensam que jornalista tem o direito de saber tudo. Quanto a isso, deixo que seja explicado nas palavras do jornalista Ricardo Noblat em seu livro, A arte de fazer um jornal diário. "Porque sou jornalista e porque vivemos em uma democracia estou
liberado para valer-me de qualquer recurso que assegure à sociedade o direito
de tudo saber?".
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