terça-feira, dezembro 20, 2011

Meus tropeços


Assumo meus tropeços. E não são poucos. Mas vou relatar apenas os mais gritantes que me trouxeram grandes lições, como de certa vez que fui a um circo que chegou em São Desidério e se instalou nas imediações do Coliseu da Paz. Tudo corria tranquilamente até o espetáculo terminar e todos se dirigirem até a saída. Eu toda feliz, mal esperava que viraria alvo da palhaçada da noite em um espetáculo a parte em poucos instantes. Tinha uma multidão na área externa e eu procurava minha turma para ir embora quando de repente tropecei em uma das cordas que suspendem a lona do circo, como se estivesse pretendendo fazer uma espécie de acrobacia em um trapézio, só que sem a rede de segurança. “No meio do caminho havia uma corda, havia uma corda no meio do caminho”.  Não deu para pensar muito. Vi do chão muita gente sorrindo com aquela atração pós - espetáculo. Não demorei dois segundos e me levantei rapidamente sem entender como aquilo acontecera e logo comigo. Já se passaram oito anos desde esse acontecido e até hoje penso duas vezes antes de ir a um circo novamente.
Outra vez, voltando do trabalho e passando avenida JK, principal avenida da cidade em horário de pico, ao mesmo tempo que andava em passo acelerado, como de costume, também conversava com a amiga Jacky. Sem perceber escorreguei em uma calçada de certo comércio, caí de quatro no chão com bolsa e notebook. Olhei rapidamente para dentro do comércio e notei que algumas pessoas haviam visto a cena. Desastre? Desleixo? Pernas bambas? Era apenas uma calçada no meio do caminho. No meio do caminho havia uma calçada. Passei o resto do trajeto rindo de mim mesma, sem contar que a Jacky, para variar, chorava de tanto rir.

Mas talvez a mais incomum e memorável de todas as minhas quedas tenha sido uma da qual fui vítima na praça das Corujas em Barreiras. Em um sábado pleno de sol de fevereiro de 2008 voltava do dentista super apressada para pegar o ônibus, ou o que quer que fosse, para retornar a São Desidério o mais rápido possível, pois era início do curso de inglês e a aula começava às 09 horas, e, no entanto já eram cerca de 08h30min. Chegou uma vam e eu corri como se naquele momento só houvesse apenas eu e esse automóvel no mundo. Não olhei para traz, só sabia que a praça estava repleta de gente e a vam também. No intervalo entre a praça e o automóvel foram centésimos de segundos, tempo suficiente para abraçar o chão novamente. E como de costume levantei rápido e queria sair dali o quanto antes. Entrei na vam sem sequer olhar para o lado. Só me lembro de ter dito ao motorista para sair imediatamente, pois estava muito apressada e envergonhada. Para a minha infelicidade ele desligou a vam e ainda quis saber como é que tinha caído. Logo ele que viu tudo de camarote e sorrindo. No meio do caminho havia um motorista sarcástico. Passado a euforia só durante o percurso percebi que algo em minha mão esquerda doía, incomodava. Era uma ferida que mai tarde se configurou em um sinal, reflexo de mais uma de minhas quedas, ou melhor, um aprendizado que me faz refletir a cada vez que lembro: a pressa não é a melhor combinação quando se está atrasado e não se tem muito que fazer. Por isso não corra muito!  

Um comentário:

  1. Ainda bem que não presenciei nenhum de seus tombos, sou besta pra rir e não consigo ajudar o pobre coitado caído. Tadinha da Aninha, bjs

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