segunda-feira, abril 04, 2011

Nostalgia

Inauguração da escola, três dias antes de Abelardo Alencar entregar o cargo ao segundo prefeito Manoel Rodrigues de Carvalho

Há 44 anos foi fundada a Escola Castelo Branco em quatro de abril de 1967. As referências dessa escola no município de São Desidério sempre foram as melhores possíveis. Hoje, data de seu aniversário acordei nostálgica, pois ela faz parte da minha história. Tinha que escrever algo.

Em 1997, aos 10 anos cursei nessa escola a 4ª série. A escola, que ainda pertencia ao estado, oferecia apenas até a 4ª série do primário. Ainda lembro-me do primeiro dia de aula quando cheguei acompanhada de meus pais e de minha irmã mais nova que estudava também a tarde, a 2ª série. Eram apenas duas salas. Era tudo novo. A sala estava repleta ao comando da professora Dalva, sempre muito criativa. Minhas únicas colegas conhecidas eram duas primas. Foi aí o primeiro indício do trio ternura que se consolidou na 5ª série e perdurou até a 8ª série.

Lembro-me do palanque nas aulas de português. Um caixote de feira ornamentado em que subíamos para treinar as leituras das redações. Nessa época ser freira era meu maior sonho e eu o revelei a uma multidão por ocasião da inauguração da quadra poliesportiva municipal na semana do estudante desse ano, em que representava a escola como estudante destaque. Foi também nessa escola que tirei minha primeira nota baixa em matemática. E como esquecer da “Bio” apelido da colega que me perseguia na sala de aula chateando-me por ser uma estudante destaque que tirou nota baixa.


Discurso de estudante destaque
O recreio costumava ser muito divertido. Sim. Aquele pátio imenso. Todos os alunos correndo para lá e para cá. Sem falar nos pés de manga. Eram os maiores pesadelos da diretora Necy. Nossa como ela costumava ficar preocupada e logo batia o sino. Impossível não falar desse sino, porque não se tratava de um sino qualquer. Era o sino do Castelo Branco. E essa fama correu longe. Seu formado inconfundível. Dois pedaços de ferro. Um martelo que atritava contra um pedaço maior de ferro. Cujo barulho repercutido costumava ser estridente e inconfundível. O tempero da dona Joaninha, esse é inesquecível. Aquele macarrão com sardinha era muito especial, assim como a horta que cultivamos, o momento do bochecho. Mas talvez a hora mais aguardada pelos alunos fosse mesmo a recreação. A boleada era uma das brincadeiras mais preferidas. E eu sempre gostei porque eu costumava ser uma das últimas a ser pega. Foi desse período que fiz grandes amigos. Amizades valiosas que cultivo até hoje.

E o destino quis que nove anos após retornasse a escola para trabalhar como secretária. O meu primeiro emprego. Havia algumas mudanças. A dona Joaninha cedeu lugar a sua filha Nilda e a merenda mais especial para mim agora era a maravilhosa sopa de frango da Nilda. Minha passagem pela Escola Castelo Branco foi curta mais o suficiente para fazer novas amizades e conquistar o carinho das colegas com quem trabalhei. Também sempre levarei as exigências da diretora Necy com quem aprendi muitas lições e a ser uma profissional mais exigente.

Um comentário:

  1. Freirinha!!!
    A tia Necy tem q saber desse puxa-saquismo!!
    E q calça era aquela, parecia um saco!!!
    Muito legal Ana, Parabéns pelo texto!
    Ouvi o "sino" daqui de casa!

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