“A diversão do caxiense é comer. No jantar já se pensa no almoço de amanhã”.
Assim definiu um típico caxiense.
Eles jantam pensando no almoço.
Sair para comer é um dos programas preferidos.
A culinária caxiense sofreu muita influência dos imigrantes italianos.
Quanta fartura. Quanta comida gostosa!
Com o frio aumentou o apetite.
Aos olhos de nossos anfitriões parecia que não comíamos nada.
- Como. Como muito. O meu porte franzino não significa que passo fome na Bahia. Expliquei.
Aliás. Três meses no Sul e seria mais fácil engordar.
Muito mais rápido do que o esforço de dez anos tomando vitaminas para tal objetivo.
Boate por lá tem outro significado.
É o mesmo que brega no Nordeste.
Só soubemos disso quando falamos que queríamos ir a uma ‘danceteria’.
É o nome mais apropriado.
Entre danceterias, galheterias, pubs, o Mississipi.
Um aquecedor. Cervejas artesanais. João, um guri engraçado.
E o melô que marcou a viagem ao Sul. “Pode pegá, pode morder, pode beijar, pode pegá”
Cafés. Hum .... La luna negra! Boa pedida.
Sempre quis ir em um desses. O clima sempre convida.
Também gostam muito de sorvete.
Coisa que eu nunca imaginaria encontrar em vista de tanto frio.
Deve ser por isso que fumam tanto. Aos montes.
O vento uivava na janela do quarto.
Olhos lacrimejavam e bochechas vermelhas da ventania que batia à face.
A temperatura era de 7º no penúltimo dia. Fumaça saindo da boca.
Duas meias – calça por baixo da calça, três meias, tênis, blusa de frio, casaco, cachecol, luvas.
E ainda tremia de frio. Esse não dava para esquecer mesmo.
Então sair para comer passou também a ser nossa diversão preferida.
E isso não era nenhum sacrifício.
Continua...
Por Ana Lúcia Souza em 01/10/10
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