Foto: Cláudio Foleto |
Ainda no período da faculdade, a realização de um trabalho intitulado “Como a mídia aborda democracia e cidadania” exigiu outro contato com o formador de opinião, ocasião em que pude conhecer um pouco do posicionamento crítico e sábio do bispo. Me recebeu com o semblante sereno e pacífico. Sempre muito atencioso e me reconheceu pelos meus préstimos de coroinha em São Desidério.
A morte de Dom Ricardo abalou todo o oeste baiano. Ele morreu dia 17 de agosto no Hospital Central de Lins, na Áustria, onde estava em tratamento e se recuperava de uma cirurgia para retirada de um tumor no cérebro, realizada no dia 09 de junho. O sistema imunológico fragilizado não suportou as sessões de quimioterapia e radioterapia. Uma infecção generalizada seguida da falência múltipla dos órgãos se instalou, culminando na morte do religioso que foi sepultado no dia 25 de agosto no Mosteiro Beneditino de Kremsmünster, onde fez seus estudos religiosos e ordenou-se padre pela Congregação dos Beneditinos em 15 de julho de 1964.
O bispo veio para a região oeste em 1974, instalando-se em Barreiras, onde ajudou a fundar a Diocese, há 30 anos e nomeado bispo com o lema Redemptor Hominis – Jesus Cristo Redentor do Homem. Dom Ricardo era Doutor em Teologia e Psicologia e mestre em Filosofia. Sua personalidade era marcada pela liderança e luta pela igualdade e justiça social, motivos que o fez conquistar muitos títulos como Membro da Coordenação do Fórum sobre Mudanças Climáticas e Justiça Social. No dia 05 de setembro, data em que faria 71 anos, será realizada uma missa em sua homenagem.
Por Ana Lúcia Souza, 25.08.10 às 19 horas
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