Formatura da última turma de jornalismo da FASB |
Hoje,
7 de abril, dia dedicado as comemorações pelo dia do Jornalista relembro um
fato ocorrido no dia 27 de março, marcado pela formatura da última turma de
jornalismo da Faculdade São Francisco de Barreiras (Fasb), faculdade onde me
graduei na segunda turma do curso. Motivo de muita alegria, pois aqueles
profissionais naquele momento compartilhavam de um sonho tão esperado, como
pude comprovar nas palavras da oradora da turma. Eu os considero guerreiros,
por não desistirem logo quando ingressavam na faculdade, marcado por um momento
que o jornalismo passava por tantas provações.
No
último ano de graduação, 2009, nossa turma, assim como milhares de turmas de jornalismo
pelo Brasil, foi chocada com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que
julgou procedente a não exigência do diploma para o exercício da profissão de
jornalista. Embora a decisão não tenha acabado de imediato com a profissão no
país, foi um impacto muito grande para os acadêmicos. Tal impacto influenciou a
desistência de grande número de acadêmicos, levando a faculdade a atrelar esse fato,
juntamente com a baixa procura pelo curso nos últimos vestibulares, e optar
pela decisão de extinguir o curso.
Confesso
que fiquei triste, muito triste. Mas não desanimei. Ainda tinha pela frente um livro
para escrever com minhas colegas no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), e
depois celebrar a tão esperada formatura. Por isso não deixei de comemorar meu
diploma. Hoje sou jornalista, com diploma e com muito orgulho! Este foi também
motivo para logo depois da formatura em 2010, inaugurar o meu blog Analítica, justamente
no dia 7 de abril, em homenagem a classe jornalística.
O Analítica é o espaço onde escrevo o que penso, o que quero, onde mato a curiosidade pelo que ainda não vivi, ser jornalista me proporcionou isso, assim como está descrito o perfil: “Entre cliques e análises se configura o Analítica, painel de impressões. Uma perspectiva jornalística sobre atrativos turísticos, potenciais, impressões, personagens anônimos, tradições, o que há de simples e espontâneo. Nem mesmo o que aparenta ser a mais insignificante das sensações deve passar despercebida. O delírio verbal de intrigantes experiências e aventuras apenas complementa o que a imagem já cristalizou no primeiro instante”. O Analítica é isso!
O Analítica é o espaço onde escrevo o que penso, o que quero, onde mato a curiosidade pelo que ainda não vivi, ser jornalista me proporcionou isso, assim como está descrito o perfil: “Entre cliques e análises se configura o Analítica, painel de impressões. Uma perspectiva jornalística sobre atrativos turísticos, potenciais, impressões, personagens anônimos, tradições, o que há de simples e espontâneo. Nem mesmo o que aparenta ser a mais insignificante das sensações deve passar despercebida. O delírio verbal de intrigantes experiências e aventuras apenas complementa o que a imagem já cristalizou no primeiro instante”. O Analítica é isso!
Após
três anos, continuo defendendo sim um Jornalismo com Diploma, porque prefiro
uma informação de qualidade à aquela feita sem a devida apuração dentro dos
padrões jornalísticos. A sociedade merece uma notícia bem apurada por quem se graduou
e conhece todos os processos que exige a informação para se configure em
notícia, mesmo que isso não significa a garantia total da boa informação, como
diz uma máxima que certa vez li sobre um artigo da Federação Nacional dos
Jornalistas (Fenaj). "O diploma é a mínima garantia do direito à
informação de qualidade. Obviamente que ele não garante 100% a boa informação,
mas garante o mínimo para o cidadão saber que aquela pessoa que está produzindo
a informação teve uma qualificação, principalmente do ponto de vista da responsabilidade
social".
Sempre
escolherei e confiarei mais em quem passou pelo crivo de uma faculdade de
jornalismo a um amador da profissão, que mesmo ciente da prática diária não
domina os fundamentos de uma boa matéria nos moldes jornalísticos, nunca encarou
os desafios da reportagem e não conhece os bastidores da notícia. Existem
muitos desses por aí que preferem permanecer no erro, usando bordões como 'maiores
informações', investindo em jornaizinhos de 5ª, os que ganham às custas do ctrl
c e ctrl v ou aqueles que ignoram o prazer de uma boa leitura fundamental a boa
fundamentação de uma matéria.
E
para àqueles que ainda desconhecem o verdadeiro sentido da profissão de
jornalista e apenas o assemelham a um mero portador da notícia, ou insistem e
preferem chamar de 'fofoqueiros', ou os que pensam que jornalista tem o direito
de saber tudo, deixo as palavras do jornalista Ricardo Noblat no livro, A
arte de fazer um jornal diário. "Porque sou jornalista e porque
vivemos em uma democracia estou liberado para valer-me de qualquer recurso que
assegure à sociedade o direito de tudo saber?".
Parabéns
nobres colegas jornalistas!
Parabéns
Analítica pelos seus 3 anos!